sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Petrobras: reservas provadas somam 15,9 bi de barris (Postado por Erick Oliveira)

A Petrobras fez hoje o comunicado anual de suas reservas ao mercado, que pela primeira vez incluiu áreas da camada pré-sal. Segundo os critérios da Society of Petroleum Engineers (SPE), as reservas da estatal ficaram em 15,986 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em 31 de dezembro de 2010, aumento de 7,5% em relação ao ano anterior. Deste total, o Brasil detém 15,283 bilhões de barris, a área internacional, 703 milhões de barris.
Já pelo critério da Securities and Exchange Commission (SEC), o aumento em relação ao ano anterior foi um pouco menor, de 5%, atingindo 12,138 bilhões de barris de óleo equivalente. Deste total, o Brasil participa com 12,138 bilhões de barris e as reservas internacionais com 610 milhões de barris.
A Petrobras não incorporou a totalidade das reservas de Lula e Cernambi, os únicos campos declarados comerciais em toda a reserva do pré-sal, e que são estimados em 8,5 bilhões de barris. A incorporação total destas áreas às reservas provadas da companhia ainda depende de uma série de critérios técnicos, entre eles o plano de desenvolvimento do campo.
Da Bacia de Santos, onde estão estes dois campos, a Petrobras incorporou 1,071 bilhão de barris pelo critério SPE e 800 milhões de barris pelo critério SEC. A companhia ainda comunicou que incorporou da Bacia de Campos 210 milhões de barris pelo SPE e 100 milhões de barris pelo critério SEC.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estudo prevê o Brasil como o 4º PIB mundial em 2050 (Postado por Erick Oliveira)



A economia brasileira vai superar pela primeira vez a da França neste ano e já em 2013 vai ultrapassar a do Reino Unido, atingindo a sétima posição no planeta e se preparando para, em 2050, tornar-se a quarta maior economia do mundo. Mas um brasileiro terá de esperar pelo menos mais 40 anos para ter a renda média de hoje de um alemão.
Os dados fazem parte de um estudo da PricewaterhouseCoopers. Segundo o estudo, antes de 2020 as sete grandes economias emergentes já terão superado os tradicionais países do G-7 em tamanho do PIB. A constatação do levantamento é que, em meados do século, o cenário econômico mundial será bem diferente do atual, com China e Índia nos dois primeiros lugares e o atual líder - os Estados Unidos - apenas na terceira posição.
No caso do Brasil, o País subirá várias posições no ranking das maiores economias, incentivado por seu mercado doméstico e pela exportação de recursos naturais num primeiro momento. Se a comparação do PIB do Brasil for calculada em paridade de poder de compra (PPP), o País passaria da atual nona posição entre as maiores economias para a quarta, elevando PIB de US$ 2 trilhões em 2009 para US$ 9,7 trilhões em 2050.
A projeção é de que já este ano o Brasil supere a França em PIB. Em 2010, já havia superado a Espanha. Em 2013, superaria o Reino Unido. Finalmente, em 2025, passaria a Alemanha - o motor da economia europeia. Em 2037, seria a vez de superar a Rússia e, em 2039, o Japão.
Em uma comparação que leve em conta a taxa de câmbio do mercado, conhecido como PIB nominal, o Brasil também chegaria em 2050 na quarta posição entre as maiores economias, com US$ 9,2 trilhões de PIB. Hoje o País ocupa a 8.ª posição. Por esses cálculos, o Brasil superaria a Itália em 2017, passaria o Reino Unido em 2023 e ultrapassaria a França em 2027. Em 2032, seria a vez de superar a Alemanha e, em 2044, passaria o Japão.
Renda. O avanço do Brasil pode impressionar. Mas, para o autor do levantamento, ser a quarta maior economia do mundo não significa que a pobreza será automaticamente erradicada. 'Isso dependerá de uma política de Estado para garantir a distribuição da riqueza', afirmou ao Estado o economista John Hawksworth, chefe do grupo que realizou a projeção.
Ele lembra que, hoje, um brasileiro tem em média uma renda equivalente a 22% da renda de um americano. Em 40 anos, ganhará ainda menos da metade do que será a renda de um trabalhador nos Estados Unidos.
No Brasil, a renda passaria dos atuais US$ 10 mil por ano para quase US$ 40 mil em 2050. Na prática, a renda média de um brasileiro levará mais 40 anos para alcançar a de um alemão hoje.
Em termos de expansão do PIB, a consultoria destaca que o Brasil não estará entre os líderes e, mesmo na quarta posição mundial, o País terá em 40 anos um PIB que não difere do tamanho atual da economia chinesa.
A projeção é de um crescimento de 4,4% ao ano. Mas abaixo do crescimento de México, Argentina, Indonésia, China e Índia. Ainda assim, duas vezes mais rápido que o dos Estados Unidos e quatro vezes superior ao do Japão. Em renda per capita, a expansão será de 3,3%, abaixo de 4,6% da China, 5,3% da Índia e metade da do Vietnã. 'O grande desafio do Brasil será o de manter a estabilidade e investir em infraestrutura para permitir que essa expansão possa de fato ocorrer', avalio Hawksworth .
Emergentes. Outra constatação do relatório é a nova posição dos emergentes no cenário internacional. Em 2050, os sete maiores emergentes (China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia) terão um PIB duas vezes superior ao tradicional G-7, formado por países industrializados. Isso, se ocorrer, será uma transformação importante em comparação com 2007, quando os ricos ainda tinham uma economia três vezes maior que a dos emergentes.
Mas as projeções indicam que, antes de 2020, a China já superará os EUA em paridade de poder de compra. A crise atual já havia possibilitado à China superar o Japão e se tornar a segunda maior economia do planeta. Em PIB nominal, porém, terá de esperar até 2032.
A grande novidade dos próximos 40 anos será a Índia, o país que mais crescerá. Em termos nominais, seu PIB será o terceiro maior do mundo, encostado ao dos Estados Unidos. Em paridade de compra, o PIB será 14% superior ao americano. Os indianos deverão superar o Japão em 2011 e o Brasil em 2014. Juntos, americanos, chineses e indianos terão 50% do PIB mundial.