quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Câmara forma comissão especial para avaliar projeto do petróleo (Postado por Erick Oliveira)

O projeto que redefine a divisão dos recursos provenientes da exploração do petróleo, aprovado em 19 de outubro pelo Senado, está em tramitação na Câmara e será analisado por uma comissão especial antes de ser votado em plenário.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que a comissão deve ser instalada até a próxima semana. O objetivo da comissão especial é agilizar os trabalhos, dispensando a tramitação por várias comissões permanentes. Os partidos já estão indicando parlamentares para compor a comissão, que terá 25 titulares e 25 suplentes.
A comissão especial vai avaliar o relatório aprovado no Senado, de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Caso o relatório seja aprovado sem mudanças pela comissão especial e pelo plenário da Câmara, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. Caso contrário, terá que ser apreciado novamente pelo Senado.
O projeto aprovado pelo Senado determina a redução de 50% para 42% da parcela da União na chamada participação especial, tributo pago pelas empresas pela exploração de grandes campos de petróleo, principalmente os recém-descobertos na camada pré-sal. A participação especial não inclui os royalties, valores que a União, estados e municípios recebem das empresas pela exploração do petróleo. Os repasses variam de acordo com a quantidade explorada. Em relação aos royalties, o relatório traz uma redução de 30% para 20% na fatia destinada ao governo.
Para compensar o governo, o relator propôs que, a partir de 2013, a União receba uma compensação na participação especial de 1% por ano, até chegar a 46% em 2016.
Estados produtores
O relatório também traz perdas para os estados produtores, que terão parcela de royalties reduzida de 26,25% para 20%.
A participação especial destinada aos estados produtores, segundo o relatório, cai de 40% para 20%. As bancadas dos estados produtores tentaram impedir a aprovação do projeto no Senado, mas foram derrotados.
Para o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que deve ser um dos integrantes da comissão especial, "a Câmara tem a obrigação de corrigir as distorções do projeto".
Para Molon, o projeto prejudica o Rio e os demais estados produtores e por isso vai tentar modificá-lo na comissão.
O senador Vital do Rêgo disse que o relatório apresentado por ele não agradou a todos, referindo-se aos estados produtores, mas foi resultado de um entendimento "possível".
"Nossa proposta não será 100% ideal para todos, mas foi a possível, inclusive enfrentando resistências de toda sorte, da União, dos municípios e dos estados”, disse o senador, antes de apresentar seu relatório.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Supremo Tribunal Federal decidiu que dirigir bêbado, mesmo sem causar acidente, já é um crime

A 2ª Turma do STF rejeitou um habeas corpus em favor de um motorista de Araxá (MG) denunciado por dirigir embriagado. Sua defesa argumentou que o crime de embriaguez ao volante só passou a ser previsto de forma mais rígida em 2008, depois que a lei seca reformou o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro. Antes, só havia crime se o bêbado causasse algum dano ou agisse de forma imprudente, e muitos juízes continuam a ter esse entendimento: Para o relator no STF, Ricardo Lewandowski, é irrelevante se houve ou não dano ou imprudência. (Págs. 1 e Cidades C1)

Ricardo Lewandowski
Ministro do STF

“É como o porte de armas. Não é preciso que alguém pratique um ilícito com emprego da arma" (Estado de São Paulo - Pág. 1)