Candidatos não vão a encontro de presidenciáveis da SBPC no AC
Apenas Marina Silva, vice de Eduardo Campos (PSB), esteve no evento.
Marina defende uma parceria maior entre o governo e cientistas.

Na ocasião, Marina falou da importância do debate ocorrer na Amazônia, devido à importância da região na biodiversidade do planeta e na quantidade dos recursos hídricos. Sabatinada por vários pesquisadores no local, a candidata defendeu a parceria entre o governo e a comunidade científica.
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"Temos que entender que a ciência, tecnologia e inovação são
fundamentais para o desenvolvimento de toda e qualquer sociedade. Sem
ciência, fica difícil fazer jus a grandes vantagens comparativas que o
Brasil tem. Para isso, é preciso investimento adequado com recursos e
formação na educação das pessoas", disse.Marina defendeu que essa parceria deve ser maior, e que isso está sendo levado em consideração em seu plano de governo com Eduardo Campos. "Nós queremos ouvir a comunidade científica, não para legitimar aquilo que se decidiu, mas para que de fato possa interferir nos processos que estão em curso na gestão pública", falou.
Durante o debate, a candidata foi sabatinada pelo público sobre outros assuntos pertinentes como saúde, educação e meio ambiente. Em relação ao financiamento das pesquisas científicas, a candidata afirmou que as discussões da porcentagem destinada para a área ainda está sendo definida.
"A discussão que estamos fazendo no plano de governo é que os recursos para pesquisas não devem ser contingenciados. Ainda não fechamos essa questão, porque tem toda uma delicadeza do ponto de vista legal para não comprometer o orçamento com percentuais que ficam amarrados. Mas, existe o compromisso de ampliar esses recursos", acrescentou.

Marina recebeu da presidente da SBPC, Helena Nader, um documento contendo um panorama geral brasileiro sobre a ciência, tecnologia e inovação, falando da necessidade de uma revolução na educação, do desenvolvimento do setor industrial, da bioeconomia, conservação e uso sustentável dos biomas nacionais.
Helena defendeu ainda a necessidade de uma participação maior da comunidade científica no monitoramento da política que versa sobre a temática. "Apontamos a necessidade de uma participação real da comunidade científica no debate da política científica voltado para os recursos destinados para a ciência, tecnologia e inovação, e conhecimento da destinação desses recursos", acrescentou.