Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite de ontem (30), em São Bernardo do Campo (SP), que a riqueza obtida pela descoberta de petróleo na camada do pré-sal pela Petrobras vai ajudar o país a recuperar a indústria petrolífera e também a solucionar dois “problemas crônicos” do Brasil: a educação e a miséria.
“Com parte desse dinheiro vamos resolver dois problemas crônicos: primeiro acabar definitivamente com a pobreza desse país e em segundo, resolver o problema da educação. São duas dívidas que o estado brasileiro tem com seu povo”, disse o presidente, ao participar de um comício.
Segundo Lula, a idéia é vender o petróleo não como produto bruto, mas com valor agregado.
“Não vamos vender petróleo cru. Vamos refiná-lo aqui e vamos vender produtos com valor agregado”, disse.
A idéia foi repetida por Lula em outro comício que fez em Diadema (SP), também na noite de ontem.
O presidente informou que ainda em setembro será publicado o edital para construção da Universidade do ABC e que a expectativa é de que ela seja inaugurada em 27 de outubro de 2009, data de seu aniversário.
“A Universidade do ABC, dentro de dez anos, estará entre as 100 universidades mais qualificadas do mundo”, disse.
Hoje, o presidente Lula participa de um comício na cidade de Santo André.
domingo, 31 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Lula reafirma que pré-sal é um passaporte para o futuro
Priscila Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva refirmou hoje (28), em discurso para os integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que a reserva de petróleo da camada pré-sal, na Bacia de Santos, “é um passaporte para o futuro”.
“Se os recursos do pré-sal forem aquilo que imaginamos, o Brasil dentro de alguns anos se transformará num grande produtor mundial de petróleo”, afirmou.
O presidente disse que fez apenas três recomendações à comissão interministerial criada para estudar a forma de exploração e comercialização da reserva petrolífera: que o Brasil não se torne apenas um exportador de óleo cru, mas que se consolide como indústria petrolífera; que as reservas beneficiem todos os brasileiros e que não se pode ainda gastar os recursos com a exploração que ainda não começou.
A comissão entregará ao presidente, no dia 19 de setembro, um estudo sobre o assunto, que servirá de base para a discussão com a sociedade.
Lula fez um balanço dos investimentos governamentais em diversas áreas, e ressaltou a indústria naval.
“No início da década de 80, ela [indústrias naval] era a segunda do mundo, com 36 mil trabalhadores. Aí inventaram que não tínhamos competitividade e que era mais barato comprar navios lá fora. Resultado, em pouco tempo nossos estaleiros foram à pique. Na virada do século, empregavam menos de dois mil trabalhadores. Hoje já contamos com quatro plataformas e vamos contar ainda com mais oito. Finalmente recuperamos a indústria naval brasileira”.
Com relação à indústria automobilística, o presidente destacou que o Brasil passará a ser “o quinto ou o sexto” na produção de automóveis do mundo, lembrando que o país este ano produzirá cerca de 3,5 milhões de automóveis.
No setor de siderurgia, Lula disse que a idéia é dobrar a produção de aço em seis anos; no setor de petróleo, implantar, até 2010, cinco novas refinarias.
“Nos próximos anos, ainda sem incluir a exploração e a produção no pré-sal, a Petrobras pretende investir US$ 19,5 bilhões por ano, um salto simplesmente espetacular em relação à década passada”, afirmou.
O presidente voltou a comemorar os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Também graças ao PAC, nossas rodovias foram ou estão sendo recuperadas, e os leilões de concessões não só derrubaram fortemente as tarifas antes vigentes, como estão permitindo investimentos privados significativos em algumas das estradas de maior tráfego no país”.
O presidente ressaltou que as Hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, vão gerar, juntas, mais de 6 mil megawatts de energia.
“No ano que vem, licitaremos [a Usina de] Belo Monte, que quando estiver concluída responderá por mais 11 mil megawatts”.
“A turma do contra que me desculpe, mas não vai faltar energia no país”, disse.
Sobre saneamento, Lula disse que até 2010 o governo federal, os estados e as prefeituras investirão R$ 40 bilhões em abastecimento de água e esgoto, que, segundo o presidente, atenderá, no mínimo, 22 milhões de domicílios.
A respeito do projeto de transposição e revitalização do Rio São Francisco, o presidente disse que está em pleno andamento.
“Até 2010, o eixo leste será inaugurado. Meu sucessor poderá inaugurar o eixo norte em 2012. Essa obra, sonhada desde o Império por D. Pedro II, finalmente está virando realidade. Em breve, 12 milhões de nordestinos estarão livres do flagelo da seca e terão água boa para beber e plantar”, afirmou.
Sobre emprego e renda, Lula lembrou que a taxa média de desemprego está em 8,2% este ano. “A menor desde 2002, quando foi iniciada a série histórica do IBGE”.
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva refirmou hoje (28), em discurso para os integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que a reserva de petróleo da camada pré-sal, na Bacia de Santos, “é um passaporte para o futuro”.
“Se os recursos do pré-sal forem aquilo que imaginamos, o Brasil dentro de alguns anos se transformará num grande produtor mundial de petróleo”, afirmou.
O presidente disse que fez apenas três recomendações à comissão interministerial criada para estudar a forma de exploração e comercialização da reserva petrolífera: que o Brasil não se torne apenas um exportador de óleo cru, mas que se consolide como indústria petrolífera; que as reservas beneficiem todos os brasileiros e que não se pode ainda gastar os recursos com a exploração que ainda não começou.
A comissão entregará ao presidente, no dia 19 de setembro, um estudo sobre o assunto, que servirá de base para a discussão com a sociedade.
Lula fez um balanço dos investimentos governamentais em diversas áreas, e ressaltou a indústria naval.
“No início da década de 80, ela [indústrias naval] era a segunda do mundo, com 36 mil trabalhadores. Aí inventaram que não tínhamos competitividade e que era mais barato comprar navios lá fora. Resultado, em pouco tempo nossos estaleiros foram à pique. Na virada do século, empregavam menos de dois mil trabalhadores. Hoje já contamos com quatro plataformas e vamos contar ainda com mais oito. Finalmente recuperamos a indústria naval brasileira”.
Com relação à indústria automobilística, o presidente destacou que o Brasil passará a ser “o quinto ou o sexto” na produção de automóveis do mundo, lembrando que o país este ano produzirá cerca de 3,5 milhões de automóveis.
No setor de siderurgia, Lula disse que a idéia é dobrar a produção de aço em seis anos; no setor de petróleo, implantar, até 2010, cinco novas refinarias.
“Nos próximos anos, ainda sem incluir a exploração e a produção no pré-sal, a Petrobras pretende investir US$ 19,5 bilhões por ano, um salto simplesmente espetacular em relação à década passada”, afirmou.
O presidente voltou a comemorar os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Também graças ao PAC, nossas rodovias foram ou estão sendo recuperadas, e os leilões de concessões não só derrubaram fortemente as tarifas antes vigentes, como estão permitindo investimentos privados significativos em algumas das estradas de maior tráfego no país”.
O presidente ressaltou que as Hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, vão gerar, juntas, mais de 6 mil megawatts de energia.
“No ano que vem, licitaremos [a Usina de] Belo Monte, que quando estiver concluída responderá por mais 11 mil megawatts”.
“A turma do contra que me desculpe, mas não vai faltar energia no país”, disse.
Sobre saneamento, Lula disse que até 2010 o governo federal, os estados e as prefeituras investirão R$ 40 bilhões em abastecimento de água e esgoto, que, segundo o presidente, atenderá, no mínimo, 22 milhões de domicílios.
A respeito do projeto de transposição e revitalização do Rio São Francisco, o presidente disse que está em pleno andamento.
“Até 2010, o eixo leste será inaugurado. Meu sucessor poderá inaugurar o eixo norte em 2012. Essa obra, sonhada desde o Império por D. Pedro II, finalmente está virando realidade. Em breve, 12 milhões de nordestinos estarão livres do flagelo da seca e terão água boa para beber e plantar”, afirmou.
Sobre emprego e renda, Lula lembrou que a taxa média de desemprego está em 8,2% este ano. “A menor desde 2002, quando foi iniciada a série histórica do IBGE”.
domingo, 24 de agosto de 2008
Governo quer evitar farra com royalties do petróleo
O governo pretende estabelecer controles rígidos sobre o uso do dinheiro do petróleo descoberto na camada do pré-sal. O temor é de que a multiplicação dos royalties transferidos a prefeituras produza uma farra de gastos. “Não podemos nos comparar como novos ricos e sair torrando o dinheiro”, diz o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Os recursos também poderão ser redistribuídos a outros municípios, e não só aos que têm poços de petróleo.
O Estado de S. Paulo
O Estado de S. Paulo
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Associação de analistas do mercado teme que estatal do pré-sal afete valor da Petrobras
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A criação de uma estatal para cuidar da camada do pré-sal poderia ter desdobramentos sobre o mercado de capitais e sobre os investidores de maneira geral, afirmou hoje (20) à Agência Brasil a presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec/SP), Lucy Sousa. O tema será debatido no 20º Congresso Apimec 2008, que começou na noite de hoje (20), no Rio de Janeiro.
“A gente fica preocupado que haja uma injusta quebra de contrato ou uma quebra de expectativas em relação aos fundamentos que têm levadoos analistas a fazer recomendação de investimento em papéis da Petrobrás”, disse Lucy. A preocupação, em resumo, refere-se à perda de valor da Petrobras, também expressada pelo presidente da Apimec Nacional, Álvaro Bandeira. Ele disse ser contrário à criação de uma estatal para tratar das novas descobertas de petróleo na camada do pré-sal.
Segundo Bandeira, a criação da estatal poderia afetar os 1,3 milhão de acionistas da Petrobras. "O governo, no passado, estimulou o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra de ações e a criação de fundos específicos de Petrobrás. E, certamente, os investidores seriam os mais prejudicados nisso”, afirmou
.
A Apimec espera que o governo federal reveja a intenção de criar a estatal. “A Petrobrás tem uma história de sucesso e, mais do que estatal, ela é uma empresa dos brasileiros. E o seu capital está disperso hoje entre muitos investidores, inclusive trabalhadores que usaram seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, destacou a dirigente Lucy Sousa. Nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no Ceará, que o governo ainda não tomou uma decisão sobre o assunto.
Segundo Lucy, o governo teria outras alternativas para se apropriar do valor do pré-sal, sem que fosse necessário fazer uma nova empresa. Ela entende que o posicionamento das autoridades federais sobre a matéria tem fundamentos estratégicos, “mas acho que dá para fazer uma engenharia, não mudando as regras do jogo e não esvaziando a Petrobrás”.
A presidente da Apimec São Paulo avaliou que o valor de mercado da Petrobrás poderá ser afetado por essa discussão sobre o pré-sal. A estatal apresentou a maior perda de valor de mercado na América Latina entre maio e agosto deste ano, em torno de US$ 97 bilhões, de acordo com recente estudo da consultoria financeira Economática. Isso ocorreu, apontou Lucy, muito em função da volatilidade do preço do petróleo no mercado externo e também pela saída de investidores estrangeiros da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
A percepção é que a nova estatal para o pré-sal poderá contribuir para esvaziar um pouco mais o valor da Petrobrás, disse Lucy. Os analistas de investimento, assinalou, não olham apenas para o lucro no ano corrente, quando avaliam uma empresa. Eles, acrescentou ela, enxergam para a frente, fazendo fluxo de caixa para os próximos anos, pensando no que se chama no mercado de perpetuidade. “E na perspectiva de dez anos ou na perpetuidade o pré-sal estava na avaliação da Petrobrás. Por isso, uma coisa já no futuro impacta no preço presente”, afirmou.
Lucy defende que seja feita uma engenharia para a exploração do pré-sal, mas opinou que o governo deveria “deixar as coisas como estão”, referindo-se à Petrobras.
Já o presidente da Apimec Nacional acredita que o governo não fará algo que afete os investidores da Petrobras. "O governo tem sabido lidar com a coisa pública e com os marcos regulatórios", avaliou.
Para Bandeira, a declaração de Lula de que ainda não foi tomada nenhuma decisão a respeito do pré-sal tranqüiliza analistas e acionistas. Mas, caso a estatal seja realmente criada, o presidente da entidade acredita que a medida poderá gerar uma briga na Justiça. Ele, no entanto, afirmou que é prematuro falar sobre isso.
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A criação de uma estatal para cuidar da camada do pré-sal poderia ter desdobramentos sobre o mercado de capitais e sobre os investidores de maneira geral, afirmou hoje (20) à Agência Brasil a presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec/SP), Lucy Sousa. O tema será debatido no 20º Congresso Apimec 2008, que começou na noite de hoje (20), no Rio de Janeiro.
“A gente fica preocupado que haja uma injusta quebra de contrato ou uma quebra de expectativas em relação aos fundamentos que têm levadoos analistas a fazer recomendação de investimento em papéis da Petrobrás”, disse Lucy. A preocupação, em resumo, refere-se à perda de valor da Petrobras, também expressada pelo presidente da Apimec Nacional, Álvaro Bandeira. Ele disse ser contrário à criação de uma estatal para tratar das novas descobertas de petróleo na camada do pré-sal.
Segundo Bandeira, a criação da estatal poderia afetar os 1,3 milhão de acionistas da Petrobras. "O governo, no passado, estimulou o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra de ações e a criação de fundos específicos de Petrobrás. E, certamente, os investidores seriam os mais prejudicados nisso”, afirmou
.
A Apimec espera que o governo federal reveja a intenção de criar a estatal. “A Petrobrás tem uma história de sucesso e, mais do que estatal, ela é uma empresa dos brasileiros. E o seu capital está disperso hoje entre muitos investidores, inclusive trabalhadores que usaram seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, destacou a dirigente Lucy Sousa. Nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no Ceará, que o governo ainda não tomou uma decisão sobre o assunto.
Segundo Lucy, o governo teria outras alternativas para se apropriar do valor do pré-sal, sem que fosse necessário fazer uma nova empresa. Ela entende que o posicionamento das autoridades federais sobre a matéria tem fundamentos estratégicos, “mas acho que dá para fazer uma engenharia, não mudando as regras do jogo e não esvaziando a Petrobrás”.
A presidente da Apimec São Paulo avaliou que o valor de mercado da Petrobrás poderá ser afetado por essa discussão sobre o pré-sal. A estatal apresentou a maior perda de valor de mercado na América Latina entre maio e agosto deste ano, em torno de US$ 97 bilhões, de acordo com recente estudo da consultoria financeira Economática. Isso ocorreu, apontou Lucy, muito em função da volatilidade do preço do petróleo no mercado externo e também pela saída de investidores estrangeiros da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
A percepção é que a nova estatal para o pré-sal poderá contribuir para esvaziar um pouco mais o valor da Petrobrás, disse Lucy. Os analistas de investimento, assinalou, não olham apenas para o lucro no ano corrente, quando avaliam uma empresa. Eles, acrescentou ela, enxergam para a frente, fazendo fluxo de caixa para os próximos anos, pensando no que se chama no mercado de perpetuidade. “E na perspectiva de dez anos ou na perpetuidade o pré-sal estava na avaliação da Petrobrás. Por isso, uma coisa já no futuro impacta no preço presente”, afirmou.
Lucy defende que seja feita uma engenharia para a exploração do pré-sal, mas opinou que o governo deveria “deixar as coisas como estão”, referindo-se à Petrobras.
Já o presidente da Apimec Nacional acredita que o governo não fará algo que afete os investidores da Petrobras. "O governo tem sabido lidar com a coisa pública e com os marcos regulatórios", avaliou.
Para Bandeira, a declaração de Lula de que ainda não foi tomada nenhuma decisão a respeito do pré-sal tranqüiliza analistas e acionistas. Mas, caso a estatal seja realmente criada, o presidente da entidade acredita que a medida poderá gerar uma briga na Justiça. Ele, no entanto, afirmou que é prematuro falar sobre isso.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Lula vai criar empresa para explorar o pré-sal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em reunião com presidentes e líderes de partidos aliados que criará uma nova estatal para cuidar apenas das reservas de petróleo da camada pré-sal ainda não leiloadas. Lula afirmou já ter concluído que é necessária uma empresa só para cuidar do assunto. Planeja utilizar as verbas da extração futura do petróleo do pré-sal para combater a miséria e aplicar na educação.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Associação: pré-sal quadruplica reservas de petróleo do País
O pré-sal da bacia de Santos quadruplica as reservas de petróleo do Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo (ABGP). Com os novos campos localizados abaixo da camada de sal na bacia que vai de Santa Catarina ao norte do Rio de Janeiro, as jazidas brasileiras passam dos 13 bilhões de barris (provados) para cerca de 55 bilhões de barris, segundo as estimativas. E até 12 bilhões de barris encontram-se em áreas sem concessão, que não foram licitadas, sendo, portanto, da União. Para uma fonte da Petrobras, as projeções são conservadoras
"Nossa expectativa em relação ao pré-sal se aproxima dos números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP)", afirma Márcio Melo, presidente da ABGP.
O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, falou em abril que apenas o campo de Carioca teria reservas de 33 bilhões. A Petrobras já divulgou que a reserva de Tupi possui de 5 a 8 bilhões de barris de óleo.
Melo citou os maiores países produtores de petróleo e gás, o que coloca a Rússia em primeiro lugar do ranking. Por esta classificação, que inclui gás natural, o Brasil ficaria em 12º lugar, mesmo com as novas reservas do pré-sal (considerando o total de 55 bilhões de barris).
"Temos grande potencial, mas o Brasil não é uma Arábia Saudita", avalia o representante dos geólogos.
Em palestra onde apresentou dados sobre o pré-sal, Melo comparou o maior campo de petróleo do país árabe com Tupi. Mostrou que o campo de Ghawar possui 250 quilômetros de extensão e produz 5 milhões de barris por dia. E Tupi tem 35 quilômetros, com possibilidades bem menores.
"Não dá para passar disso com nosso cenário geológico (55 bilhões de barris)."
Petrobras em queda
Pelas estimativas de Melo, realizadas pela sua consultoria HRT, de 8 bilhões de barris a 12 bilhões de barris não foram licitados no pré-sal de Santos. Se o governo criar uma estatal para administrar petróleo, então, esta empresa vai ser dona deste volume. Outros cerca de 30 bilhões já estariam nas mãos da Petrobras e suas parceiras multinacionais.
O petróleo que não foi licitado motiva o governo a procurar alternativas ao modelo atual de concessão, pelo qual as empresas são detentoras do petróleo, assumem o risco exploratório e em troca da produção pagam royalties e participações especiais. Fontes ligadas aos participantes do grupo interministerial criado para decidir o futuro do pré-sal afirmam que o Planalto já optou pelo regime de partilha com a gestão de uma estatal que não será a Petrobras. Os papéis da companhia estão em plena queda e os acionistas reclamam da criação de uma nova empresa.
"E como é que ficará a Petrobras? Foi graças à Petrobras que o Brasil está descobrindo esse petróleo e agora querem tirar isso dela", defende Melo.
O especialista avalia que qualquer decisão do governo é válida, desde que seja rápida, para não afugentar investidores e não prejudicar a Petrobras. A empresa liderou perda de valor de mercado entre todas as companhias da América Latina.
TERRA
"Nossa expectativa em relação ao pré-sal se aproxima dos números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP)", afirma Márcio Melo, presidente da ABGP.
O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, falou em abril que apenas o campo de Carioca teria reservas de 33 bilhões. A Petrobras já divulgou que a reserva de Tupi possui de 5 a 8 bilhões de barris de óleo.
Melo citou os maiores países produtores de petróleo e gás, o que coloca a Rússia em primeiro lugar do ranking. Por esta classificação, que inclui gás natural, o Brasil ficaria em 12º lugar, mesmo com as novas reservas do pré-sal (considerando o total de 55 bilhões de barris).
"Temos grande potencial, mas o Brasil não é uma Arábia Saudita", avalia o representante dos geólogos.
Em palestra onde apresentou dados sobre o pré-sal, Melo comparou o maior campo de petróleo do país árabe com Tupi. Mostrou que o campo de Ghawar possui 250 quilômetros de extensão e produz 5 milhões de barris por dia. E Tupi tem 35 quilômetros, com possibilidades bem menores.
"Não dá para passar disso com nosso cenário geológico (55 bilhões de barris)."
Petrobras em queda
Pelas estimativas de Melo, realizadas pela sua consultoria HRT, de 8 bilhões de barris a 12 bilhões de barris não foram licitados no pré-sal de Santos. Se o governo criar uma estatal para administrar petróleo, então, esta empresa vai ser dona deste volume. Outros cerca de 30 bilhões já estariam nas mãos da Petrobras e suas parceiras multinacionais.
O petróleo que não foi licitado motiva o governo a procurar alternativas ao modelo atual de concessão, pelo qual as empresas são detentoras do petróleo, assumem o risco exploratório e em troca da produção pagam royalties e participações especiais. Fontes ligadas aos participantes do grupo interministerial criado para decidir o futuro do pré-sal afirmam que o Planalto já optou pelo regime de partilha com a gestão de uma estatal que não será a Petrobras. Os papéis da companhia estão em plena queda e os acionistas reclamam da criação de uma nova empresa.
"E como é que ficará a Petrobras? Foi graças à Petrobras que o Brasil está descobrindo esse petróleo e agora querem tirar isso dela", defende Melo.
O especialista avalia que qualquer decisão do governo é válida, desde que seja rápida, para não afugentar investidores e não prejudicar a Petrobras. A empresa liderou perda de valor de mercado entre todas as companhias da América Latina.
TERRA
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Petrobras anuncia nova reserva de petróleo na área pré-sal
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (7) a descoberta de uma nova reserva de petróleo na área do pré-sal, na Bacia de Santos.
A estatal é a operadora do consórcio que atua na área da nova descoberta, com 65% de participação, o BG Group com 25% e Galp Energia, com 10%.
A descoberta se deu no bloco BM-S-11 (Bacia Marítima de Santos 11), localizado em águas ultraprofundas e comprovou a ocorrência de mais uma jazida de petróleo leve, com densidade em torno de 30ºAPI.
O petróleo leve é de alto valor comercial e atualmente o país é obrigado a importá-lo para que seja misturado ao petróleo pesado da Bacia de Campos, no norte Fluminense, a maior província petrolífera do país e que responde por mais de 80% da produção nacional.
Segundo nota da Petrobras, o bloco BM-S-11 é composto por duas áreas exploratórias. Na maior delas foi perfurado o poço pioneiro, informalmente chamado de Tupi, que resultou na descoberta anunciada em 11 de julho de 2006, com reservas estimadas entre 5 a 9 bilhões de barris de petróleo.
O novo poço, batizado informalmente de Iara, localiza-se na área menor do bloco original, a cerca de 230 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro, em águas onde a profundidade é de 2.230 metros.
De acordo com a Petrobras, o novo poço ainda encontra-se em perfuração “na busca de objetivos mais profundos”.
“A descoberta foi comprovada através de amostragem de petróleo leve por teste a cabo, em reservatórios localizados na profundidade de cerca de 5.600 metros, e comunicada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) hoje”, diz a Petrobras em nota.
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (7) a descoberta de uma nova reserva de petróleo na área do pré-sal, na Bacia de Santos.
A estatal é a operadora do consórcio que atua na área da nova descoberta, com 65% de participação, o BG Group com 25% e Galp Energia, com 10%.
A descoberta se deu no bloco BM-S-11 (Bacia Marítima de Santos 11), localizado em águas ultraprofundas e comprovou a ocorrência de mais uma jazida de petróleo leve, com densidade em torno de 30ºAPI.
O petróleo leve é de alto valor comercial e atualmente o país é obrigado a importá-lo para que seja misturado ao petróleo pesado da Bacia de Campos, no norte Fluminense, a maior província petrolífera do país e que responde por mais de 80% da produção nacional.
Segundo nota da Petrobras, o bloco BM-S-11 é composto por duas áreas exploratórias. Na maior delas foi perfurado o poço pioneiro, informalmente chamado de Tupi, que resultou na descoberta anunciada em 11 de julho de 2006, com reservas estimadas entre 5 a 9 bilhões de barris de petróleo.
O novo poço, batizado informalmente de Iara, localiza-se na área menor do bloco original, a cerca de 230 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro, em águas onde a profundidade é de 2.230 metros.
De acordo com a Petrobras, o novo poço ainda encontra-se em perfuração “na busca de objetivos mais profundos”.
“A descoberta foi comprovada através de amostragem de petróleo leve por teste a cabo, em reservatórios localizados na profundidade de cerca de 5.600 metros, e comunicada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) hoje”, diz a Petrobras em nota.
Assinar:
Postagens (Atom)