Os potenciais do Mercosul com a entrada da Venezuela
28/7/2012 12:52, Por José Dirceu
Em artigo publicado no site Carta Maior, Jeferson Milola, que é diretor da Secretaria do MERCOSUL em Montevidéu, analisa o que muda no bloco com a entrada da Venezuela, que deve ser formalizada em Brasília, terça que vem (31.7).
Ele faz inicialmente uma recuperação histórica do período em que surgiu o bloco, com a Argentina governada por Menem, o Brasil por Collor, o Paraguai por Andrés Rodriguez o Uruguai por Alberto Lacalle. Estávamos em 1991, no auge da avalanche neoliberal e “das promessas da globalização financeira que supostamente levariam a humanidade a um nirvana que, na verdade, se converteu num tremendo pesadelo”.
Naquele primeiro momento o principal interesse estava nas relações comerciais e na coordenação dos interesses das mega-empresas transnacionais e dos monopólios econômicos visando a maximização dos lucros, a serem transferidos principalmente para a Europa e os Estados Unidos.
O texto passa pelas transformações políticas na região, principalmente após Lula e Kirchner, em 2003; o “sepultamento, em 2005, da Área de Livre Comércio das Américas, a ALCA, que representava uma perigosa ameaça à soberania, ao desenvolvimento e à independência dos países do hemisfério”; o crescimento do comércio intra-bloco, que saltou de 4,5 para 50 bilhões de dólares anuais; a criação de um Parlamento próprio; os investimentos sociais (100 milhões de dólares ao ano são aplicados pelo Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul na execução de investimentos sociais e de infra-estrutura para diminuir as assimetrias e disparidades entre os países…
O novo acontecimento importante, na visão do autor, é a integração agora da Venezuela, quando o Mercosul passa a ser “a região com a maior reserva mundial de petróleo” no mundo, consolidando “o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta”.
Não é pouca coisa. Vale a pena ler a íntegra do artigo, clicando aqui.
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