sexta-feira, 10 de maio de 2013

Operação da PF prende sobrinho do governador do AC e secretário

Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra servidores públicos e empreiteiros acusados de envolvimento em esquema de fraude em licitação e desvio de verba pública; prejuízo estimado ultrapassa R$ 4 milhões

10 de maio de 2013 | 8h 29
atualizado às 09h19 - Alana Rizzo - O Estado de S.Paulo
A Polícia Federal cumpre na manha desta sexta-feira, 15, mandados de prisão e 34 de busca e apreensão em órgãos públicos nas cidades de Rio Branco e Tarauacá, no Acre. Entre os presos está um sobrinho do governador Tião Viana (PT) e que trabalhava no governo. Os demais alvos da operação também são funcionários públicos, entre eles o secretário de Obras do Acre.

As investigações da Operação G-7, iniciadas em 2011, apontam para um esquema de fraude em licitação e desvio de verba pública em obras de pavimentação. Nos seis contratos analisados pela PF, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassou R$ 4 milhões. O valor total dos contratos é de R$ 40 milhões.
Além do secretário de Obras, a PF cumpre mandados de prisão do  ex-secretário de Habitação e ex-superintendente da Caixa Econômica Federal, do Diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento e Abastecimento (Depasa), do Secretário Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco, do Diretor-executivo da secretaria de Habitação.
Outros servidores e empreiteiros também serão investigados. Os nomes e o número exato de envolvidos não foram informados. A PF informou que todos devem responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de recursos públicos.
O nome da operação é uma referência ao grupo de ministros da Fazenda das maiores economias do mundo. No Acre, sete empresas se revezavam nas licitações e apenas simulavam a concorrência. Segundo a PF, os concorrentes que não fizessem parte do grupo eram eliminados ainda na fase inicial da licitação.
Representantes do governo do Estado não foram localizados para comentar o assunto até a publicação dessa reportagem.


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