quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Acre e parte do Amazonas voltam a ter duas horas a menos que Brasília
Redação SRZD

Acre e parte do Amazonas voltará a ter duas horas a menos que Brasília. Foto: Divulgação
A lei que reduzia o fuso horário do Acre e parte do Amazonas, para uma hora a menos, foi revogada pela presidente Dilma, nesta quinta, dia 31 de outubro, conforme publicado no Diário Oficial.
Acre e uma parte do Amazonas, localizado a oeste da linha, onde parte de Tabatinga (AM) e segue até Porto Acre (AC), voltam a ter duas horas a menos que Brasília. Esse novo formato começa no segundo domingo de novembro.
Já Mato Grosso, Mato grosso do Sul, Rondônia, Roraima e parte do Amazonas, que fica a leste da linha, partindo de Tabatinga (AM) até Porto Acre (AC), seguem com uma hora a menos de Brasília.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Dos trinta profissionais, treze ficarão na capital , os demais seguirão para os municípios


mais_30_medicosEsses treze novos profissionais se juntarão aos doze médicos que já estão atuando na rede pública de saúde do município pelo Programa Mais Médicos

 

Neste domingo, 27 de outubro, às 11 horas, chegaram a Rio Branco mais trinta novos médicos do Programa Mais Médicos do Governo Federal. Dos trinta profissionais, treze ficarão na capital, os demais seguirão para os municípios de Brasiléia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira e Tarauacá. Os profissionais desembarcarão no avião da FAB e serão recepcionados pela secretária de Saúde de Rio Branco, Marcilene Alexandrina e a equipe da secretaria de Saúde do Governo do Estado.
Esses treze novos profissionais se juntarão aos doze médicos que já estão atuando na rede pública de saúde do município pelo Programa Mais Médicos. Na próxima semana, os médicos conhecerão o sistema de saúde da capital e passarão por um processo de ambientalização para então iniciarem os atendimentos nas unidades de saúde.
Para maiores informações, favor entrar em contato com a Secretária de Saúde Marcilene Alexandrina, pelo telefone 9952-6526 ou com o Secretário Adjunto de Saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida, telefone 9985-2046.

 





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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ex-senadora condena polarização entre situação e oposição e diz querer apenas ‘Brasil melhor’
Do R7
A ex-senadora e possível candidata à Presidência da República em 2014 Marina Silva negou, nesta segunda-feira (21), ter agido por vingança a parlamentares e aos adversários políticos nas urnas, após o fracasso do registro do seu partido na Justiça Eleitoral -- a Rede Sustentabilidade -- e por ter procurado o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para se aliar e disputar as eleições do ano que vem.  
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Marina também refutou a ideia de se tornar presidente da República, o que sinaliza que Campos deverá mesmo encabeçar a chapa do PSB para a disputa do Planalto em 2014.  
-- Isso é vingança? Não, isso é legítima defesa da esperança, porque nós temos ideia, nós temos proposta, nós queremos contribuir com o Brasil. Eu não tenho objetivo de ser presidente da República, meu objetivo é que o Brasil seja melhor, que o mundo seja melhor. Se tiver um presidente que se comprometa com essas ideias, para mim está tudo bem. A atitude tomada [aliança com Campos] foi coerente com o que defendemos com a Rede Sustentabilidade.  
Leia mais notícias de Brasil e Eleições
A ex-senadora aproveitou para criticar a polarização da discussão política no Brasil apenas entre o PT e o PSDB. A declaração é um cutucão aos possíveis candidatos à Presidência em 2014 Dilma Rousseff, que disputará a reeleição, e Aécio Neves, postulante tucano.  
-- Eu sempre digo que, neste momento, a sociedade tem um certo fastio dessa polarização da situação x oposição. Nessa lógica, as pessoas já não conhecem ter uma atitude politica. [O objetivo] é mais de desqualificar o interlocutor. Oposição por situação só vê defeito, mesmo com qualidades às vistas. E situação por situação, só veem as qualidades. A população está procurando quem assumir posição.  
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Não há dúvida, Campos será o cabeça da chapa", diz Miro Teixeira

Por Octávio Costa e Paulo Henrique de Noronha - Brasil Econômico |
             
                   
  • “O PSB não era um dos partidos que fizeram convite à Marina, ela é que tomou a iniciativa de procurar o Eduardo Campos", afirma o deputado recém filiado ao Pros
Em entrevista exclusiva ao Brasil Econômico, o deputado federal Miro Teixeira, recém filiado ao Pros e um dos mais próximos aliados da ex-senadora Marina Silva , confirma: o cabeça da chapa PSB-Rede Sustentabilidade à presidência da República em 2014 será o governador de Pernambuco, Eduardo Campos .
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“Marina tomou a decisão política de apoiar um partido com um candidato forte à presidência, porque ela não quer ficar fora do jogo das eleições de 2014. Não foi uma decisão eleitoral, foi política”.
Decisão: Marina oficializa entrada no PSB de Eduardo Campos
Marina no Twitter: Filiação ao PSB é 'muito polêmica'
Agência Câmara
O deputado federal, Miro Teixeira

Nesta entrevista, Miro relata como foram as últimas reuniões que teve com o núcleo central da equipe de Marina nas 24 horas transcorridas entre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de vetar a Rede e o anúncio da filiação da ex-senadora ao PSB. “O PSB não era um dos partidos que fizeram convite à Marina, ela é que tomou a iniciativa de procurar o Eduardo Campos para apoiá-lo e se filiar à legenda”, contou.
Brasil Econômico: Como foi o processo de decisão da Marina Silva em ir para o Partido Socialista Brasileiro?
Miro Teixeira: Logo após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nós fomos nos reunir, durante a madrugada de quinta para a sexta, bastante tristes com a não aprovação da Rede Sustentabilidade — que tinha mobilizado centenas de milhares de apoiadores empolgados com a proposta em todo o país. Ficamos até altas horas, acho que até umas 4h30, discutindo o futuro político da Marina e daquele movimento tão bonito. Ali, nós fomos informados de que havia 6 ou 7 convites de outros partidos para receber Marina e os militantes da Rede.
Brasil Econômico: Quais eram esses partidos? Naquela reunião já se discutiu quais seriam os melhores par-tidos?
Miro Teixeira: Não nos foi dito o nome dos partidos, ouvimos apenas esse número, de 6 a 7 convites. E não discutimos esse ou aquele partido, porque havia uma discussão anterior, que era se a Marina deveria entrar em outra legenda para ser candidata, ou continuar com a Rede fora do jogo político das eleições de 2014, cumprindo quase que um papel de Madre Teresa de Calcutá.
Brasil Econômico:  E depois, o que aconteceu?
Miro Teixeira: Depois eu peguei um avião para o Rio, às 7h, dei azar porque o aeroporto estava fechado e fui parar em Confins. Aí fui informado de que a decisão havia sido adiada para o dia seguinte e mais tarde retornei a Brasília, no voo das 19h. Fui direto para a casa da Marina, cheguei depois das 21h. Lá estava reunido o núcleo forte que trabalhava em torno da criação da Rede Sustentabildade. Ao chegar lá, como vi que a Marina não estava, imaginei que ela estaria descansando. Esperei, conversando com todos, até umas 23h30, quando achei que ela não viria mais naquela noite e que era melhor ir embora e descansar um pouco para o dia seguinte. Aí um companheiro da Rede me puxou até a varanda e me revelou que Marina estava naquele momento reunida com Eduardo Campos, do PSB, e ia chegar em breve. Logo depois ela realmente chegou e começou a nos contar que havia tomado uma decisão política, de não ficar fora do jogo e de apoiar um partido que já tivesse um candidato forte com quem se identificasse. E revelou que tinha acabado de decidir sua filiação ao PSB para apoiar Eduardo Campos à presidência. Foi uma decisão política dela, não foi uma decisão eleitoreira, ela deixou claro que optou por não ficar fora do jogo e queria discutir essa decisão com os colegas da Rede.
Brasil Econômico: O PSB era um dos 6 ou 7 partidos que fizeram o convite a Marina?
Miro Teixeira: Não, não era.
Brasil Econômico: Então foi a Marina que tomou a iniciativa de falar com o PSB?
Miro Teixeira: Exatamente. Foi uma iniciativa e uma escolha política dela.
Brasil Econômico: A Rede e o PSB já decidiram quem será o cabeça da chapa?
Miro Teixeira: Ora, será o Eduardo Campos, sempre foi. Como eu disse, Marina decidiu apoiar um partido que já tivesse um candidato forte à presidência. Vocês, jornalistas, é que ficam elocubrando outras coisas... Eduardo Campos é o cabeça da chapa.
Brasil Econômico: O ex-presidente Lula disse que o grande vencedor com essa decisão foi Eduardo Campos, que Marina é que sairá perdendo... o que você acha?
Miro Teixeira: Meu grande amigo Lula, que tem ótimas opiniões, tem o direito de achar o que quiser. Mas eu acho é que ele deveria dizer o que acha do PT e de seus problemas internos, que não são poucos.
Brasil Econômico: Por que você se filiou ao Pros e não ao PSB, para acompanhar Marina?
Miro Teixeira: Por causa da legislação eleitoral, eu só posso me filiar a um partido em construção, senão correria o risco de perder meu mandato. E no Pros conversei com o deputado estadual Hugo Leal, com o Ciro Gomes, com o deputado estadual Marcos Figueiredo, filho do Fernando, que eu conheci, e de lá darei meu total apoio a Eduardo Campos e Marina no PSB.

Brasil Econômico: Mas outros políticos com cargos (Walter Feldman, do PSDB, e Alfredo Sirkis, do PV) se filiaram ao PSB...
Miro Teixeira: Só que eles tiveram que chegar a um acordo com seus partidos e conseguir a concordância deles...
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    quinta-feira, 10 de outubro de 2013

    Campos diz que se uniu a Marina após ter sido combatido

    Diário do Sudoeste FolhaPress

          SÃO PAULO, SP, 10 de outubro (Folhapress) - O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, disse hoje que se uniu à ex-senadora Marina Silva depois que ambos foram "combatidos" por tentar romper a polarização entre PT e PSDB.
    Marina se filiou ao PSB na semana passada, depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não permitiu o registro da Rede Sustentabilidade, partido que ela tentava fundar para disputar a Presidência da República em 2014.
    Em um bate-papo transmitido via internet após a exibição do programa do partido na TV, Campos disse que ele e Marina vinham buscando, separadamente, construir alternativas para o país.
    "Fomos combatidos e vocês sabem disso. Percebemos que, em vez de ficarmos na tática da sobrevivência, na defensiva, era hora de somar nossas histórias", disse o pernambucano.
    Aliado dos governos petistas desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos entregou no mês passado os cargos que o PSB ocupava na administração federal. Os socialistas atribuíram a decisão à pressão de parte da direção do PT, que defendia que Dilma Rousseff tirasse o partido, que desde o início do ano sinalizava com a candidatura do governador à Presidência, de seu ministério.
    No bate-papo, Campos criticou o novo aumento da taxa básica de juros, que subiu 0,5 ponto percentual e chegou a 9,5% ao ano ontem. "Ontem o Brasil voltou a pontuar nas listas como campeão mundial de juros", disse. Ele reclamou da redução do crescimento do país e declarou ter "receio de deixarmos a economia se degradar", pondo em risco a estabilidade econômica e "a conquista iniciada sobretudo no governo do presidente Lula, que foi a inclusão de milhões de brasileiros no mercado de trabalho".
    Ao comentar os efeitos da crise financeira de 2008, Campos afirmou que todos os países estão buscando novos parceiros comerciais e que o Brasil "não pode ficar amarrado aos mecanismos de um Mercosul sem olhar as mudanças que ocorrem na geografia global".
    O bloco econômico sul-americano foi duramente atacado hoje pelo ex-governador José Serra (PSDB-SP). Em uma palestra, o tucano chamou o Mercosul de "bobagem" e defendeu que o Brasil reveja sua participação no grupo
    Alguns dos internautas que fizeram perguntas a Campos pediram que ele assumisse compromissos eleitorais, como o de levar água para o semiárido nordestino. O governador disse que o programa que será elaborado pelo PSB e a Rede "vai deixar muito claro o compromisso de enfrentar essa questão de abastecimento de água" para "aposentar o carro-pipa".
    Saudado como "futuro presidente" por um dos internautas, Campos também foi questionado sobre a política de segurança de Pernambuco, um dos projetos de seu governo exibidos no programa partidário na TV. Dois dos participantes cobraram aumento do efetivo policial. O governador afirmou que Recife era a capital mais violenta do Brasil quando assumiu o Estado, em 2007, e que hoje a cidade "está passando do décimo lugar".
    "Claro que tem muito que melhorar, mas precisamos reconhecer que muito foi feito", disse, destacando que o programa pernambucano foi premiado pela ONU (Organização das Nações Unidas).  

    quarta-feira, 9 de outubro de 2013

    Com Marina, PSB consolida base de apoio 'pragmática' de olho em 2014

    Pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos se apresenta como representante de um novo paradigma, mas se aproxima de velhas raposas da política


    Anúncio de aliança com Marina Silva escancarou as intenções de Campos de lançar candidatura à Presidência da República Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
    Anúncio de aliança com Marina Silva escancarou as intenções de Campos de lançar candidatura à Presidência da República
    Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

    • Marcelo Miranda Becker

    •  Fortalecido nas eleições municipais de 2012, o PSB vinha ensaiando, ao longo do último ano, sua emancipação política do PT, histórico aliado no âmbito nacional, o que culminou com a decisão de deixar a base aliada da presidente Dilma Rousseff em setembro. Com o anúncio da filiação de Marina Silva - responsável por angariar mais de 20 milhões de votos na última eleição presidencial, em 2010 -, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, consolidou seu plano de lançar uma terceira via para concorrer à Presidência da República em 2014. A missão é romper a polaridade entre PT e PSDB. De olho no maior número de palanques, porém, o novo "queridinho" da política brasileira tem atraído a atenção de líderes dos dois lados da trincheira, formalizando alianças até mesmo com antigos desafetos.

    A um ano das eleições de 2014, o PSB registrou um expressivo aumento nos seus quadros partidários. À filiação de Marina Silva, formalizada no último dia permitido pela Justiça Eleitoral a tempo de disputar o pleito, seguiu-se uma enxurrada de filiações ao PSB de lideranças da Rede Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-senadora e que teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a própria Marina, a migração para o PSB tem um caráter de "aliança" entre os dois partidos, permanecendo a Rede em processo de estruturação.

    "Eu continuarei porta-voz da Rede Sustentabilidade. É uma filiação democrática. Somos o primeiro partido clandestino criado em plena democracia. Quero agradecer aos companheiros do PSB a chancela política e eleitoral que a Justiça eleitoral não nos deu", disse a mais nova socialista, durante o anúncio oficial do acordo.

    Walter Feldman (esq.) e Alfredo Sirkis (dir.) seguiram Marina Silva e entraram no PSB Foto:  Renato Araújo/Agência Brasil/Luis Macedo / Agência Câmara
    Walter Feldman (esq.) e Alfredo Sirkis (dir.) seguiram Marina Silva e entraram no PSB
    Foto: Renato Araújo/Agência Brasil/Luis Macedo / Agência Câmara

    Entre as principais lideranças da Rede Sustentabilidade que acompanharam Marina e migraram para o PSB estão os deputados federais Walter Feldman (SP) e Alfredo Sirkis (RJ), que deixaram, respectivamente, o PSDB e o PV. Outros membros da cúpula da Rede próximos à ex-senadora acreana, incluindo Bazileu Margarido e Pedro Ivo, também se uniram aos socialistas.

    Aproveitando a imagem associada a Marina, de uma política ética ligada às questões sociais e ambientais, Eduardo Campos tomou como referência as manifestações populares de junho para dizer que sua companheira de chapa personifica a mudança que a sociedade clamou quando foi às ruas. "Quem entendeu o que as ruas do Brasil em alto e bom som disseram, quem entendeu o que aconteceu no Brasil em junho, não tem nenhuma dificuldade de entender o que ocorrer aqui hoje. O que ocorre aqui hoje é o desejo de discutir o Brasil. Quero melhorar a política, alguém que traga pureza, que traga a voz das ruas. Tenho clareza que nós aqui estamos recebendo a Rede no PSB para fazer a aliança programática porque reconhecemos a Rede como algo necessário para melhorar a política no Brasil", disse no último sábado, ao fazer o anúncio da aliança com Marina Silva. Apesar de se apresentar como um representante desse novo paradigma, o governador de Pernambuco costura, nos bastidores, acordos com velhas raposas da política brasileira.

    'Colcha de retalhos': veja aliados do PSB após entrada de Marina

    Recrutamento de opositores de Lula
    Um dos exemplos do pragmatismo de Campos na hora de definir suas alianças é o ex-senador Heráclito Fortes (PI), que deixou o DEM para filiar-se ao PSB. Fortes foi uma das principais lideranças da oposição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu "extirpar" o DEM da política durante as eleições de 2010. Por influência de Lula ou não, o fato é que Heráclito não conseguiu se reeleger naquele ano, entrando em atrito com a cúpula de seu partido.

    Um dos principais opositores do governo Lula, o ex-senador Heráclito Fortes (PI) deixou o DEM para se filiar ao PSB neste ano Foto: José Cruz / Agência Brasil
    Um dos principais opositores do governo Lula, o ex-senador Heráclito Fortes (PI) deixou o DEM para se filiar ao PSB neste ano
    Foto: José Cruz / Agência Brasil

    Heráclito citou o próprio Campos como um dos motivos que o levaram ao PSB. "Nós temos aí com perspectiva de candidatura a presidente da República uma figura extraordinária, jovem e nordestina, que é o Eduardo Campos. E se você for examinar o que ele fez em Pernambuco, pensa logo: 'ah, se ele fizesse pelo Brasil'. Como eu sou um otimista, eu me baseei muito nessa perspectiva", afirmou Heráclito em entrevista à TV Cidade Verde, afiliada do SBT no Piauí.

    Outra figura egressa do DEM que se aproxima de Campos é o ex-senador Jorge Bornhausen (SC), que deixou os Democratas em 2010 e apoiou informalmente a criação do PSD, dissidência fundada pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Durante a eclosão do escândalo do mensalão, em 2005, Bornhausen chegou a declarar publicamente que queria "acabar com essa raça", referindo-se ao governo petista.

    Apesar de, oficialmente, não estar filiado a nenhum partido, Bornhausen segue influente na política catarinense. Seu filho, o deputado federal Paulo Bornhausen, atualmente comanda a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico Sustentável. Após romper com os dirigentes do PSD, que sinalizavam que apoiariam a presidente Dilma Rousseff, Paulo Bornhausen migrou para o PSB em agosto deste ano, em acordo sacramentado em jantar promovido por seu pai, e que contou com a presença ilustre de Eduardo Campos. Acabou se tornando presidente estadual da sigla em Santa Catarina.


    Blocão em Pernambuco
    Depois do anúncio do rompimento do PSB com o PT em nível nacional, Eduardo Campos passou a ser acusado de "canibalizar" a base aliada do governo de Pernambuco. Lideranças do PT como o ex-deputado federal Mauricio Rands e o secretário estadual de Transportes Isaltino Nascimento migraram para o PSB, assim como o vice-governador João Lyra Neto, ex-PDT.

    A influência de Campos em Pernambuco - onde conta com a aprovação de 58% da população, sendo o governador melhor avaliado do País - é tamanha que ele tem o apoio de um antigo adversário de sua família. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), ferrenho opositor de Miguel Arraes, avô de Campos, tornou-se aliado nas eleições municipais de 2012, apoiando a chapa vencedora de Geraldo Julio (PSB), indicado pelo governador. Em setembro, o filho do senador, Jarbas Filho, ganhou um cargo na prefeitura. Ao que tudo indica, a aliança será mantida nas eleições presidenciais.




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    Disputas regionais
    Se na corrida pelo Palácio do Planalto Campos se apresenta como terceira via, nas disputas regionais, seu partido transita tanto entre apoiadores da presidente Dilma quanto entre a oposição. Na Bahia, o partido se aproxima de um acordo com o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB ao governo do Estado. A aliança esbarra na vontade da senadora Lídice da Matta (PSB) de se lançar candidata.

    O PT, do governador Jaques Wagner, deve lançar candidatura própria. A preferência declarada de Wagner é pelo secretário da Casa Civil, Rui Costa, mas José Sérgio Gabrielli conta com o pesado apoio do ex-presidente Lula.

    Adversário direto na briga pelo Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB) é aliado do PSB em Minas Gerais Foto: Reuters
    Adversário direto na briga pelo Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB) é aliado do PSB em Minas Gerais
    Foto: Reuters

    No Distrito Federal, o PSB saiu da base do governador Agnelo Queiroz (PT) e deve lançar candidatura própria. O senador Rodrigo Rollemberg é cotado como potencial candidato do partido, que negocia o apoio do PDT, através do deputado federal José Antônio Reguffe (PDT-DF).

    O PSDB, adversário direto na disputa pelo Planalto, aparece como um possível aliado em três dos maiores colégios eleitorais do País. No Paraná, o PSB deve manter a parceria pela reeleição do governador Beto Richa. Em Minas Gerais, reduto de Aécio Neves, o PSB deve manter-se fiel ao candidato indicado pelo presidenciável tucano, um dos principais aliados do socialista Márcio Lacerda. Já em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin já se disse "admirador" do trabalho de Eduardo Campos e cogita entregar ao PSB a vaga de vice em sua chapa à reeleição.

    Debandada
    Mas nem tudo são flores no caminho de Eduardo Campos. Principal opositor interno à ideia de candidatura própria à Presidência da República, o governador do Ceará, Cid Gomes, liderou um movimento de dissidência dentro do partido, que migrou para o Pros. Além de Cid e seu irmão, Ciro, entraram na nova sigla cinco deputados federais (quatro oriundos do PSB e um do PR), nove deputados estaduais e 38 prefeitos cearenses, incluindo o de Fortaleza, Roberto Claudio.




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